Depósitos das famílias parados nos bancos atingem recorde de 189 mil milhões
As famílias puseram dinheiro no banco ao ritmo mais elevado desde maio de 2021. Os depósitos de particulares cresceram 7,2% em julho face ao mês anterior, atingindo assim o máximo histórico de 189.017 milhões de euros, segundo dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.
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"No final de julho de 2024, o stock de depósitos de particulares nos bancos residentes totalizava 189,0 mil milhões de euros, mais 2,3 mil milhões de euros do que em junho", refere o relatório do supervisor, explicando que este aumento reparte-se entre responsabilidades à vista (1,1 mil milhões de euros) e depósitos a prazo (1,2 mil milhões de euros). Os depósitos a prazo incluem os depósitos com prazo acordado e os depósitos com pré-aviso, enquanto as responsabilidades à vista referem-se, quase na sua totalidade, aos depósitos à ordem.
Após a fuga dos depósitos que se verificou no ano passado para dar resposta à corrida aos certificados de aforro, a alocação de poupanças a estes produtos não só recuperou como volta agora a acelerar no mês em várias pessoas começam já a receber o subsídio de férias. "Devido a este aumento dos depósitos de particulares, a respetiva taxa de variação anual voltou a acelerar, fixando-se em 7,2%, mais 0,5 pontos percentuais do que em junho. Teríamos de recuar a maio de 2021 para observar uma taxa de variação anual superior", indica o Banco de Portugal.
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No caso das empresas, o stock de depósitos das empresas nos bancos residentes totalizava, no final de julho, 63,7 mil milhões de euros, menos 2,1 mil milhões de euros do que em junho. Relativamente ao mês homólogo, estes depósitos decresceram 0,5%. A taxa de variação anual regressa assim a valores negativos, após dois meses com valores positivos.
(Notícia atualizada às 11:35)
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