Certificados do Tesouro já conquistaram mais de mil milhões de euros
Investimento das famílias neste novo produto de poupança do Estado voltou a aumentar em Fevereiro. Foram aplicados mais 167 milhões, elevando para mais de mil milhões de euros o total angariado desde o lançamento.
Os Certificados do Tesouro Poupança Mais (CTPM) já atraíram mais de mil milhões de euros das poupanças dos portugueses. Em apenas quatro meses, tendo em conta a entrada de 167 milhões de euros em Fevereiro revelada pela Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública (IGCP), o saldo acumulado desde o lançamento, no final de Outubro, ascende a 1.024 milhões.
De acordo com o Boletim Estatístico divulgado pelo IGCP, em Fevereiro foram aplicados 168 milhões de euros nos CTPM, sendo que foi resgatado um milhão de euros dos antigos certificados do Tesouro. O saldo foi positivo em 167 milhões, depois dos 211 milhões em Janeiro. Em Dezembro tinham entrado 187, depois do recorde de Novembro: 459 milhões.
Este elevado montante angariado (dois terços do estimado pelo Governo no Orçamento do Estado para o total de 2014) revela o sucesso deste novo produto. Uma popularidade que é explicada pela elevada rendibilidade oferecida. Os juros começam nos 2,75% no primeiro ano, subindo para 3,75% e 4,75%, nos seguintes. No 4º e 5º anos chega a 5%, mas pode ser superior em função do PIB.
Certificados de aforro também aumentam
Tal como os CTPM, também os certificados de aforro continuam a conseguir atrair poupanças das famílias portuguesas. Segundo o IGCP, em Fevereiro foram aplicados 161 milhões de euros neste produto, mas foram registados resgates de 52 milhões de euros. O saldo foi, ainda assim, positivo em 109 milhões, ligeiramente menos que os 111 milhões registados em Janeiro.
O valor médio captado mensalmente pelos certificados de aforro tem, de resto, vindo a aumentar nos últimos meses. Está acima dos 100 milhões, o que compara com os 30 a 60 milhões mensais observados no ano passado. Um aumento para o qual poderá estar a contribuir a taxa de juro acima de 3% num altura em que a rendibilidade oferecida pelos depósitos dos bancos está em 2%.
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