populista. O orquestrador da campanha vitoriosa de Donald Trump anda pela Europa a propagandear a conversão populista. Steve Bannon fundou O Movimento, em Bruxelas, para agregar e apoiar partidos e agrupamentos nacionalistas e anti-imigração. Tem uma rede montada, assessorias com análise de dados eleitorais e dinheiro para investir. A marcha populista está em curso e o investimento de Bannon só não ganha maior expressão porque boa parte das legislações eleitorais não permitem financiamentos externos. O terreno é propício. Há governações nacionais a semear muita desilusão e a governação europeia paralisou de impotência. A seis meses da eleição para o Parlamento Europeu, os populistas fazem apostas fortes. O Guardian avançava esta semana que um em cada quatro europeus vota populista. A expressão desta tendência triplicou nos últimos 20 anos. Quando se fala de populismo recorre-se à definição já clássica de Cas Mudde: os populistas olham para a política como um combate entre as virtuosas massas de gente comum e as elites nefandas ou corruptas. Mais à direita ou mais à esquerda, por aí se encaminham os frustrados destes dias de incerteza.