No universo das grandes empresas, sejam públicas ou privadas, é normal nos dias de hoje ouvirmos falar de termos que não se usavam há poucas décadas. Expressões como “good governance” ou “compliance” são repetidas frequentemente para afirmar a transparência e o cumprimento das regras por parte das organizações nomeadamente perante os seus “stakeholders”. A tudo isto se juntam, por vezes com poderes reforçados, órgãos de controlo interno como os conselhos fiscais, os conselhos de atribuição de remunerações, os conselhos de supervisão ou os auditores externos e revisores de contas. Tudo isto para que o mercado acredite que tudo funciona de acordo com a lei e a regulamentação em vigor. Temos também um conjunto de outras entidades, supostamente independentes, que existem para regular determinado tipo de atividades económicas e supervisionar ou mesmo fiscalizar determinadas práticas empresariais e estabelecer sanções se for esse o caso. Tudo isto em nome da defesa do consumidor, do contribuinte, do investidor e do próprio Estado.