Os políticos esqueceram o arrendamento
As políticas de habitação foram quase sempre uma área quase esquecida. O mercado resolveu parte dos problemas. A expansão do crédito levou centenas de milhares de famílias às hipotecas. Quase ninguém ligou ao arrendamento.
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Helena Roseta demitiu-se do cargo de coordenadora do grupo de trabalho parlamentar sobre habitação e em entrevista ao Público acusou o Governo e os seus parceiros de não terem dado importância à habitação no orçamento. O que disse Roseta é pura constatação, mas a habitação nunca foi uma prioridade de qualquer governo. Talvez o último ministro a ter uma preocupação com o tema tenha sido Ferreira do Amaral, que lançou o bem-sucedido programa de erradicação de barracas. Na habitação social, para os mais carenciados, várias câmaras fizeram um trabalho meritório, mas quem resolveu a maior parte dos problemas foi a concorrência bancária que, a partir de meados da década de 90, reduziu o custo dos empréstimos e levou a uma verdadeira corrida ao crédito que se manteve na primeira década do novo milénio até ao resgate da troika e agora retomou a tendência de crescimento.
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