Armando Esteves Pereira - Diretor-geral editorial adjunto Medialivre S.A.
10 de Junho de 2021 às 19:00
Os tigres de papel alavancados em dívida
O descalabro da dinastia Espírito Santo foi uma tragédia que estamos a pagar a um preço muito alto. Mas houve um caldo de cultura do poder em Portugal que favoreceu a constituição de império que parecia sólido, mas que ruiu como um castelo de cartas.
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As audições parlamentares sobre o Novo Banco estão a fornecer material fundamental para se fazer a história dos anos loucos que levaram este país a um terrível resgate externo e forçaram os contribuintes a um pesado encargo com o desmoronamento do império Espírito Santo. Os custos de capitalização do chamado banco bom são apenas uma parte da fatura. Há encargos escondidos com a destruição de empresas, como a PT, e a venda a estrangeiros de antigas joias da coroa do mais poderoso grupo financeiro português até 2014. O descalabro do império Espírito Santo tirou músculo potencial à economia portuguesa, mas era insustentável.
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