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O caso Efacec, 165 milhões de euros depois

A ironia de ter o Grupo Mello a elogiar a nacionalização de um negócio de que é acionista deveria ter soado os alarmes para o óbvio – a nacionalização da Efacec nunca seria “temporária”, nem inócua para os contribuintes. Dois anos e meio depois, chegámos aqui.

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Enquanto corre a tempestade mediática à volta da TAP, as notícias sobre a outra empresa nacionalizada pelo Estado em 2020 passam um pouco entre os pingos da chuva – não só as notícias, mas também alguns dos protagonistas da história. A Efacec Power Solutions já absorveu mais de 165 milhões de euros dos contribuintes desde a nacionalização, entre garantias estatais de financiamentos bancários e capital injectado, segundo o jornal “Eco”. O envolvimento público não ficará por aqui. A Efacec tem vindo a sangrar, muito, nos últimos dois anos e meio. A empresa perdeu perto de 280 milhões de euros entre 2021 e 2022 – algo que carece de explicação num negócio que em 2020 faturava cerca de 500 milhões de euros – e a sua dívida inchou para 250 milhões de euros. As coisas dificilmente poderiam estar a correr pior. Mas poderiam ter corrido melhor?

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