O jogo online chegou à política. Vai uma aposta?
Os números das autoexclusões, combinados com a expansão imparável do negócio legal e ilegal, mostram que o objetivo público de promover o jogo seguro não está a ser cumprido. O debate de hoje no Parlamento deve ser apenas o início da discussão sobre mudanças a fazer.
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O jogo online veio para ficar – e deve ficar. A maioria das pessoas que jogam não sofre de uma adição e tem o direito de gastar o seu dinheiro numa atividade legal que dá prazer – é assim uma sociedade livre e pouco dada ao puritanismo moralista. Outra razão é a irreversibilidade da tecnologia que pôs o jogo nos nossos "smartphones" e computadores. Uma proibição radical alimentaria ainda mais o jogo não regulado, que já é um problema grave. Não é possível voltar a pôr o génio na lâmpada. Mas também não deveria ser possível continuar a estender como até aqui a passadeira ao génio, sem olhar para as consequências. O debate de hoje no Parlamento – sobre as iniciativas do Livre, do PS e do BE – deve ser o início de uma discussão sobre as mudanças necessárias nesta política pública.
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