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"A dívida permanece a quarta maior do mundo"

Quando uma agência de rating surpreende ao elevar a dívida portuguesa à categoria de ativo investível, a euforia é inevitável. Sobretudo por parte de quem detém o poder, que aproveita a ocasião para se apropriar dos louros (que na verdade deviam ser divididos com a troika). Não é que a economia não esteja no bom caminho. Está, embora devêssemos estar a fazer mais; isto é, sanear as contas públicas segundo critérios estruturais.

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Voltemos à subida do rating e à euforia. Das quatro razões avançadas pela Standard & Poor's para subir a notação da República (reforço do crescimento, redução continuada do défice orçamental, aumento do prazo da dívida e avaliação positiva do BCE à economia), há uma que inspira cuidados: a redução do défice. Ela resulta das cativações orçamentais (redução não estrutural do défice) e do aumento da receita fiscal originada por um crescimento acima do previsto.

Ou seja, o governo não está a aproveitar o "dividendo orçamental" proporcionado por esse crescimento para reduzir a dívida. Dívida que, o próprio ministro das Finanças lembrou, "permanece a quarta mais alta do mundo". Se isso é suficiente para PCP, Bloco e parte do PS ganharem juízo nas reivindicações para 2018, logo se verá...

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