A cena passou-se em meio de uma manifestação de trabalhadores da Groundforce, empresa que opera o handling no aeroporto da Portela. A certa altura, o representante do sindicato, em conversa com um jornalista de televisão, saiu-se com algo do género: a TAP tem obrigação de meter dinheiro na empresa. E, referindo-se à posição do Governo sobre esta matéria, acrescentou: o senhor ministro tem de dizer se é socialista. Ou seja, se Pedro Nuno Santos (o ministro que tutela o setor) não der ordem para a TAP ajudar a Groundforce, estará a violar os princípios do socialismo. Supõe-se, portanto, que para o sindicato da Groundforce há um regime para filhos e outro para enteados. Os primeiros serão sempre salvos pelo contribuinte; os segundos (as empresas em dificuldades) bem podem fechar portas.