Liderança, gestão e IA
Entre a técnica e a especialização, por um lado, e o relacionamento e a liderança, por outro lado, não é difícil prever qual das duas áreas terá maior impacto da inteligência artificial (IA). Sendo o domínio técnico um alvo prioritário da IA, as capacidades de liderança, de inspiração, de gerir a mudança tenderão a ganhar maior relevância para quem aspira a ser um profissional de topo.
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Na generalidade das profissões, é possível agrupar as atividades desempenhadas, de forma abrangente, em duas grandes áreas. Na primeira, as pessoas concentram-se no presente, no imediato, procurando estabilidade e assegurando que as operações decorrem conforme o planeado. Atuam a curto prazo, focando-se na execução, no "como" realizar as tarefas necessárias, lidando com a complexidade, valorizando a análise e adoptando posturas tendencialmente objectivas. O desempenho é o critério de fundo. Este é o domínio técnico, dos especialistas e dos gestores. Na segunda área, encontram-se atividades e preocupações distintas. Aqui, as pessoas orientam-se mais para o futuro do que para o presente, vivem em função de desafios e mudanças, e operam num contexto de incerteza. Atuam a longo prazo, privilegiando a visão, a ambição e a esperança. Interessa-lhes o "porquê" das coisas, procuram simplificar a complexidade, valorizam a intuição, consideram as emoções, a motivação e a vontade. A objetividade, muitas vezes, cede lugar à subjetividade. Este é o terreno dos líderes, dos influenciadores, dos inspiradores.
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