Afinal havia outra!
Maria Luís Albuquerque mostrou, há dias, que acredita que tem a inusitada capacidade de transformar rosas em pão. Ou seja, que se fosse ministra das Finanças, distribuiria milagres em vez de impostos e os portugueses estariam agora a fazer um piquenicão.
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Esquece, convenientemente, que foi por causa da sua gestão de 2015 que a União Europeia aperta agora Portugal. Ou que a implosão do Banif não surgiu como um meteorito inexplicável. Claro que as declarações de Maria Luís são típicas do Portugal dos Pequenitos que costuma funcionar como fundamento ideológico dos partidos políticos. A culpa é sempre do outro, versão pimba do célebre êxito de Mónica Sintra, "Afinal havia outra". O certo é que Portugal está agora em campo aberto, funcionando como alvo de uma série de atiradores furtivos, que têm assim uma magnífica desculpa para evitar falar dos problemas dos bancos alemães, do défice francês, dos acordos vergonhosos sobre os refugiados ou do Brexit.
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