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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
15 de Outubro de 2018 às 20:10

A remodelação Tamagotchi 

António Costa, vislumbrando o horizonte eleitoral de 2019, atirou quatro Tamagotchis para o lixo. Dois deles tinham-se revelado, desde o início, inexistências andantes

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Há cerca de 20 anos surgiu uma mascote digital que causou furor em milhões de japoneses. Chamava-se Tamagotchi e era um boneco a pilhas que tiranizava os donos ao exigir, virtualmente, comida, bebida ou horas de jogo, causando insónias e provocando delírios nestes. O resultado era a estúpida extenuação dos donos. A febre do Tamagotchi acabou quando alguém surgiu com um novo invento e o boneco foi atirado para o lixo. António Costa, vislumbrando o horizonte eleitoral de 2019, atirou quatro Tamagotchis para o lixo. Dois deles tinham-se revelado, desde o início, inexistências andantes (Castro Mendes e Caldeira Cabral). Nem insónias causavam, tal era a sua inacção. Os outros dois eram Tamagotchis mais complicados. Adalberto Campos Ferreira tinha entre mãos uma bomba-relógio que regressa ciclicamente: a Saúde, com meios financeiros restritos, é um ministério para um Hércules. Os ministros cansam-se e com as mãos atadas por Mário Centeno, as de Campos Ferreira eram as de um acorrentado. Já Azeredo Lopes era um Tamagotchi adquirido na loja dos 300: nunca se entendeu como foi presidente da ERC, chefe de gabinete de Rui Moreira e, sobretudo, ministro da Defesa. Ou, melhor, entende-se bem demais. A forma como geriu Tancos esgota a bateria a qualquer primeiro-ministro. Deixa o Governo de forma humilhante, tendo contribuído (ao contrário do que diz), para que o Exército esteja a ansiolíticos e que o Executivo esteja debaixo de fogo. Uma carreira notável ao serviço do nada.

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