O OE Bucha e Estica
O OE de 2019 não vai ser diferente. Centeno tem de mostrar em Bruxelas que é um bom aluno em Portugal e pode vir a ser um excelente professor para toda a Europa.
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O OE é o maior pronto-a-vestir de Portugal. Uma loja com receitas fixas e com muitos clientes em fila para receber o seu quinhão. Como sempre, todos os anos por esta altura, Bucha e Estica encontram-se no Parlamento para discutir a divisão do vil metal que existe neste pobre país. Uns querem gordura, e outros, formosura. Este ano, para ser santificado, o Governo quer um OE equilibrado. Conseguirá isso. O pior será depois. O OE é um bolo. Uns têm direito a fatias grossas. Os outros têm de discutir as migalhas. O país sabe o que falta: dinheiro para o SNS, dinheiro para que o património cultural não apodreça de vez, dinheiro para os comboios, dinheiro para a ciência, dinheiro para o Estado patrulhar e limpar as matas públicas, dinheiro para as Forças Armadas, dinheiro para a Segurança Social. Cada governo sabe o que quer: dinheiro para contentar os seus seguidores e os diferentes lóbis eleitorais, sociais, empresariais ou, simplesmente, pessoais. Por isso o OE é uma versão do Tio Patinhas: dois para mim, um para ti, três para mim, nada para ti.
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