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Fernando Sobral - Jornalista fsobral@negocios.pt
12 de Outubro de 2015 às 21:20

O massacre e a polarização turca

Potência central entre a Europa e o Oriente, a Turquia vive tempos tempestuosos. Os atentados contra uma manifestação a favor da paz, a estratégia de Erdogan e a guerra na Síria tornam o futuro perigoso.

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As duas explosões que causaram dezenas de mortos no centro de Ancara, na altura em que se iniciava uma manifestação pela paz, organizada pelo partido Democrático do Povo (HDP) e diversas associações profissionais e sindicais, é um duro golpe na estabilidade interna da Turquia. A manifestação destinava-se a pedir o diálogo entre o Estado turco e o ilegal Partido Curdo dos Trabalhadores (PKK), envolvidos numa sangrenta guerra há semanas, depois de um longo tempo de tréguas. O atentado acontece numa fase de instabilidade política interna, já que o presidente Recep Tayypp Erdogan (que pretende reforçar os poderes presidenciais) decidiu convocar novas eleições legislativas para 1 de Novembro. Em Junho, o HDP tinha conseguido entrar para o Parlamento, alargando substancialmente a sua base eleitoral curda e atraindo parte da sociedade que se opõe ao partido do governo, o AKP. Até agora as sondagens indiciam que o novo Parlamento será novamente composto por quatro partidos, sendo que nenhum terá maioria para formar governo sem ser em coligação.

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