Está na hora de responsabilizarmos as empresas de sondagens
As sondagens, na política, são um instrumento para que governo e oposição tentem, na medida do possível, auscultar os estados de alma dos eleitores e corrigir (ou aprofundar) determinado rumo. Quando há eleições à porta, as sondagens assumem especial relevância porque, supostamente, podem levar a perceções erradas, condicionar o eleitorado, levando-o a mudar comportamentos e sentido de voto à última da hora.
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Podemos recuar no passado recente para perceber que as empresas de sondagens têm falhado (e muito) nas suas previsões. Sócrates ganhava a Passos Coelho, António Costa ganhava a Passos Coelho, Fernando Medina a Carlos Moedas… e, nas últimas legislativas, com Rui Rio versus António Costa, sondagens houve que chegaram a dar a vitória ao PSD. Em todos estes exemplos, aleatórios, notamos que as previsões saíram furadas. E não há nada, nos comportamentos recentes destas empresas, que mostre que algo vai ser diferente ou mesmo que alguém vai ser responsabilizado porque o eleitorado pode ter sido induzido em erro por causa de uma previsão errada.
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