O grau zero que nos querem impor
Muito se tem falado sobre os dez anos de Marcelo Rebelo de Sousa em Belém e, independentemente das críticas e reparos que têm sido formulados, ainda é prematuro fazer-se um balanço desta década e o reflexo que esta terá quando se falar de Portugal no futuro.
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Lembro-me que quando era miúdo gostava de assistir às tomadas de posse dos vários Governos, independentemente da sua ideologia. O que, para as gerações mais novas, são fotografias ou imagens de arquivo, para mim são memórias vividas de um tempo que, embora tivesse ainda o cinzentismo do preto e branco, tinha a cor do arrojo dos primeiros anos da liberdade. Toda aquela geração que foi obrigada a crescer politicamente por causa da revolução, conseguia ter o respeito e a admiração dos portugueses. Entre os seus pares e, também, entre aqueles que diziam representar. Hoje, meia década passada, os motivos para olhar para a classe política são cada vez mais um misto de diversos sentimentos e sensações onde, residualmente, o orgulho ocupa apenas uma pequena fatia num nicho cada vez menor.
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