Peço desculpa a todas as pessoas de 50 que chamei de velhas quando tinha 20 anos
Vivemos um paradoxo curioso: por um lado, a esperança de vida aumentou e vivemos hoje mais do que a geração dos nossos avós, mas, por outro lado, o idadismo está amplamente disseminado nas instituições, leis e políticas em todo o mundo, prejudicando a saúde e a dignidade, bem como economias e sociedades de maneira escancarada.
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Mas o que é o idadismo? Refiro-me aos estereótipos (como pensamos), aos preconceitos (como nos sentimos) e às discriminações (como agimos) direcionados às pessoas com base na idade que têm. E manifesta-se em três níveis: institucional, interpessoal e contra si próprio, podendo ser explicito ou implícito. O idadismo institucional tem a ver com as leis, regras, normas sociais, políticas e práticas institucionais que restringem injustamente as oportunidades e prejudicam sistematicamente indivíduos em função da sua idade (“é muito nova para ser promovida”). O idadismo interpessoal surge das interações entre dois ou mais indivíduos (“tem idade para ser mãe dele”). O direcionado contra si próprio ocorre quando o idadismo é internalizado pela pessoa e usado contra ela mesma (“já não tenho idade para usar isto”).
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