A família Boateng e a revisão constitucional
A FRASE...
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"Apesar de terem crescido em casas separadas de bairros periféricos de Berlim, com contextos socioeconómicos distintos, os irmãos Boateng estiveram sempre em contacto desde crianças. O futebol, em particular, uniu-os."
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Público, 21 de junho de 2014.
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A ANÁLISE...
Aceitam o denominador comum como princípio de relacionamento. Atuam no interesse maior que suportam. No campeonato as cores excluem, mas na família cada nova cor inclui. Jerome joga à direita. Kevin-Prince corre pela esquerda. Se no Hoje, competem pela vitória, Sempre, em todos os momentos, estão juntos, como família. E, por isso, o futebol os une. Mesmo nas suas diferenças.
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A democracia vive-se em dois planos, como na família Boateng. No plano da disputa diária entre governo e oposição, Hoje. No plano constitucional de união de todos os cidadãos, Sempre. Com o Sempre constitucional a suportar o Hoje operacional. Mas a nossa Constituição é controversa. Tolhe ações operacionais não estruturantes. Ocupa a rua dos interesses imediatos. É arma das disputas entre fações. Que usam a norma da maioria qualificada como regra de bloqueio. Que pretendem o Sempre confundido no espaço do Hoje, sem distinção entre os dois planos. Que negam a urgência da revisão constitucional, mantendo o abuso do estado e do seu orçamento. Há quem queira um Sempre para todos, já Hoje. Mas há os interesses, para quem o Sempre, é sempre um desperdício de tempo. E, por isso, a política os desune. Mesmo nas suas semelhanças.
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Este artigo de opinião integra A Mão Visível - Observações sobre as consequências directas e indirectas das políticas para todos os sectores da sociedade e dos efeitos a médio e longo prazo por oposição às realizadas sobre os efeitos imediatos e dirigidas apenas para certos grupos da sociedade.
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Este artigo está em conformidade com o novo Acordo Ortográfico.
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