O mundo de hoje é muito mais incerto, com maior rivalidade entre grandes potências, efeitos secundários iniciados na pandemia (por exemplo sobre a globalização), fenómenos climáticos extremos e rápidas mudanças sociais e tecnológicas. A instabilidade e a imprevisibilidade são o novo normal.
Creio que as boas notícias virão, também da Europa: as experiências com a Troika deverão ser aproveitadas para tornar os necessários ajustamentos futuros mais realistas; a união bancária está finalmente a avançar.
Previsivelmente, terá lugar, depois das eleições europeias, um terceiro resgate à Grécia, a 50 anos e com juros muito baixos - condições que poderão ser estendidas a países encarados como cumpridores, como Portugal e Irlanda
Tudo somado, na posse da (ainda insuficiente) informação hoje conhecida, tendo a valorizar mais a protecção e os previsíveis menores encargos financeiros associados a um programa cautelar, uma vez que, como atrás deixei subentendido, acredito que a condicionalidade implícita não variará muito entre um e outro tipo de saídas.
De acordo com Hollande, só as empresas são "capazes de gerar empregos sustentáveis", sendo que o combate ao desemprego, que afecta quase 3.3 milhões de franceses, é a sua prioridade.
Em Junho e Julho terá lugar, no Brasil, a "Copa do Mundo de Futebol", onde se falará Português, onde Portugal participará, e onde aposto que Cristiano Ronaldo & Cia. homenagearão a memória de Eusébio e tudo farão para nos dar mais um motivo que torne 2014 um ano de boa memória.
É nas diferenças ao nível do pragmatismo, do bom senso e da capacidade de gerar consensos que reside, no fundamental, a vantagem da Irlanda.
O TC tem, pois, vindo a decidir como se existisse soberania – quando ela deixou de se verificar. E, se assim é, creio que teria toda a lógica que a acção dos Juízes se centrasse na recuperação por parte de Portugal dessa mesma soberania.
O incentivo a trabalhar mais e melhor, aumentando a produtividade, é inexistente (uma vez que o Estado acabará por arrecadar uma parte cada vez mais considerável dos rendimentos gerados pela sua produção).
Para o desenvolvimento sustentado do nosso País, não nos interessa defender a escola pública a qualquer preço – interessa-nos, isso sim, que o serviço público de educação seja universal, justo e tenha qualidade.
Há bem mais de uma década, portanto (e não apenas há dois anos), que devia ter sido iniciada em Portugal uma redução estrutural da despesa pública, que tornasse a sua dimensão sustentável pela capacidade de produção e criação de riqueza