O ressalto esperado da Bolsa portuguesa
Comente aqui o artigo de Ulisses Pereira
No último artigo escrito neste espaço de opinião, há duas semanas, alertei para uma elevada probabilidade de subida da bolsa portuguesa dado o seu estado de "sobrevenda" ditado pela velocidade das quedas recentes. Não posso, por isso, considerar surpreendente que o principal índice do nosso mercado accionista tenha subido cerca de 4% nestas duas semanas.
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Não se pode dizer que não tenham acontecido eventos importantes neste período, desde a doença de Trump à sua recuperação, a negação de um novo pacote de estímulos até às eleições para, no dia seguinte, contrariar tudo o que tinha dito na véspera. Confusos? Nada a que já não estejamos habituados, por isso considero que o mercado fez aquilo que tinha a fazer, independentemente destes acontecimentos que vão marcando a espuma dos dias.
Olhando para a bolsa portuguesa, continuo a olhar para estas duas semanas de subidas como um mero ressalto nesta tendência descendente. O que me faria mudar de opinião era uma ruptura consistente da resistência dos 4300. Esse seria um sinal de força dos touros que passariam a dominar em termos de curto e médio prazo.
É bom ver acções como a EDP Renováveis em máximos históricos, mas ver o BCP em mínimos históricos provoca o sentimento contrário. Perdoem o meu cepticismo, mas da mesma forma que acreditava neste ressalto destas duas semanas, enquanto o mercado não quebrar consistentemente os 4300 pontos, voltarei a ter o fato de urso vestido. É aí que se vai jogar a luta que definirá a tendência da Bolsa portuguesa até ao final deste ano. O resto é apenas a espuma dos dias de um ano que ficará para a História.
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Artigo escrito em 09/10/20 às 12h40
Fontes: https://live.euronext.com/pt/
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Ulisses Pereira não detém qualquer dos ativos analisados. Deve ser consultado o disclaimer integral aqui,onde também pode ser consultada a lista com as anteriores análises de Ulisses Pereira. Artigo em conformidade com o antigo Acordo Ortográfico
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