Segue estranho o Euro 2020, que se joga a 21, em modo saltimbanco. Primeiro foi a ressurreição de Eriksen, agora a transformação da Coca-Cola em bebida do diabo, um milagre que custou milhões de dólares à empresa norte-americana. Jogada de génio para uns, autogolo para outros. Direi que podia ser pior. Imagine-se o que seria se Ronaldo tivesse afastado um crucifixo, seguindo a máxima de Karl Marx, "a religião é o ópio do povo"; ou meia dúzia de frasquinhos da vacina da AstraZeneca, com o pretexto que a da Pfizer ou a Sputnik V são mais confiáveis; ou, quem sabe ainda, uma garrafa de Porto, alegando que só bebia vinho da Madeira.