Numa altura em que a pandemia de covid-19 atira a economia mundial para a recessão, vai crescendo a tentação de aplicar uma agressiva política de flexibilização monetária. A Reserva Federal (Fed) norte-americana já desceu as taxas de juro para níveis em torno de zero e comprometeu-se a injetar biliões de dólares na economia. O Banco Central Europeu (BCE) também reforçou a compra de obrigações, se bem que o tribunal constitucional da Alemanha esteja a revelar alguma resistência. Tal como as medidas de flexibilização que se seguiram à crise financeira de 2008, este tipo de políticas irá ecoar em todo o mundo através da flutuação das taxas de câmbio.