Depois do "Doing Business"
O Banco Mundial não deve criar um novo índice para classificar países, como fazia o Doing Business. Esses índices agregados são inevitavelmente arbitrários e os rankings invocam juízos normativos que vão muito além dos elementos disponíveis. Mesmo antes do recente escândalo de manipulação de dados, era já evidente que a metodologia por detrás de muitos indicadores individuais do Doing Business precisava de uma reformulação.
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Em inícios deste ano, o Banco Mundial solicitou, a mim e a cinco colegas académicos, que fizéssemos recomendações sobre como melhorar a metodologia do seu relatório anual Doing Business, que classificava os países em função da qualidade das suas regulamentações e do seu ambiente global para as empresas fazerem negócios. Desde a sua criação, em 2003, o relatório tinha funcionado como um pára-raios para as controvérsias. Embora tenha gerado uma cobertura elogiosa por parte dos meios de comunicação económicos de todo o mundo, foi também alvo de constantes críticas pela sua aparente tendência anti-regulação, anti-sindicatos e anti-impostos.
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