O campeão do disparate foi David Cameron. Depois de ter passado anos a culpar a União Europeia de tudo o que corria menos bem no Reino Unido – e com isso instilando o medo e a desconfiança entre os seus concidadãos –, sempre julgou que lhe bastariam uns meses para dar a volta ao texto, e manter o país no seio da União. O plano era simples: ameaçar com a saída (ou o referendo à saída), chantagear a Europa para conseguir excepções a juntar às que já tinha, e depois dizer que afinal a Europa não era assim tão má. O problema é que Cameron levou demasiado longe o seu "bluff" original, e confiou demasiado que bastaria a sua palavra para influenciar os votantes.