A nova aposta do Goldman Sachs? Dívida da Venezuela
A oposição a Nicolás Maduro tem pedido aos bancos de Wall Street que não ajudem a financiar o regime, que tem sido alvo de manifestações e tem respondido com medidas repressivas.
Mas isso não terá impedido o Goldman Sachs de fazer uma aposta forte em dívida da petrolífera estatal PDVSA. Segundo o Wall Street Journal, a divisão de gestão de activos do banco terá investido 865 milhões de dólares em obrigações da petrolífera que atingem a maturidade em 2022. E a preço de saldo, tendo pago 31% do valor nominal dessas obrigações. Isto depois de, contra quase todas as previsões, a PDVSA ter evitado um incumprimento este ano, o que até levou a análises de alguns bancos e agências financeiras se era mais seguro investir em dívida de emergentes democráticos ou com regimes ditatoriais. Apesar de furar o apelo ao boicote por parte da oposição, o racional da operação até aparenta estar a contar com a queda do regime de Maduro. É que, caso haja uma alteração no regime, a esperança do Goldman Sachs é que a posição na dívida da PDVSA duplique de valor. Mas pelo meio dá um sinal de confiança na dívida da PDVSA, o que pode ser mais um balão de oxigénio para Maduro na hora de encontrar financiamento.
Jornalista
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