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Marcelo Rebelo de Sousa: “É preciso criar uma sociedade civil forte”

O Presidente da República esteve na entrega dos prémios e frisou que a transição energética não pode deixar empresas para trás relativamente aos pioneiros e precursores.

19 de Abril de 2022 às 18:30
Miguel Baltazar
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"A sustentabilidade, o apelo à inovação, a premência da atenção às alterações climáticas e à ação climática, a transição energética, chocando-se, muitas vezes, com o que é a conjuntura e o apelo de movimentos sociais mais ou menos inorgânicos por causa da crise vivida", são essenciais, referiu Marcelo Rebelo de Sousa, presidente da República, que deu o seu alto patrocínio ao Prémio Sustentabilidade Negócios 20-30.

Para o Chefe de Estado, a nova crise provocada pela guerra da Ucrânia "foi um gatilho, por exemplo, para a inflação", o que obriga, segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "a uma pedagogia para explicar às pessoas, que estão preocupadas com o preços de certos produtos básicos no dia seguinte, que não podem esquecer que há mais vida para além dessa vida do dia seguinte, algo que é muito mais fácil de explicar aos mais jovens do que aos povos envelhecidos como são muitos povos europeus".

Para o Presidente, que discursou após a entrega dos prémios, "impõe-se olhar para as gerações seguintes e para o mundo, a natureza e o planeta, que é único e que é preciso preservar". Isto apesar de o clima de incerteza ser forte. "Não sabemos quando é que a pandemia passa a endemia, quanto tempo demora a guerra e os seus efeitos, não sabemos o que se passará a seguir porque é uma guerra global. Passa pela Europa, tem uma tragédia humana como não tínhamos há muito tempo, mas é global, e por isso nenhum de nós sabe os efeitos finais desta guerra", sublinhou o Chefe do Estado na cerimónia que teve lugar na Cidadela de Cascais.

É preciso criar uma sociedade que não dependa do Estado, do subsídio, da decisão, do despacho do ministro. Marcelo Rebelo de Sousa, Presidente da República

Para Marcelo Rebelo de Sousa, o prémio de Sustentabilidade Negócios, que vai na segunda edição, é importante "porque é o futuro inevitável, é o médio e longo prazo". O Presidente sublinhou também que lançar a primeira edição do prémio "no meio de uma pandemia significou dizer estamos vivos e queremos apostar no futuro". "É uma porta de esperança", sublinhou.

Para Marcelo, nas várias categorias do prémio "sentiu-se como o país está a mudar". Ainda assim, lembrou, "o problema não está em se estamos a mudar mas se estamos a mudar à velocidade desejável e se verdadeiramente estão todos a mudar". "Estão a mudar algumas empresas mas o tecido empresarial é feito de maioria esmagadora de PME e muitas estão a mudar de paradigma mas, para outras, é um processo mais lento", lamentou. "E frisou que "não podemos criar uma distância tal que parte do país fique demasiado para trás relativamente aos pioneiros e precursores".

Marcelo Rebelo de Sousa pediu que empresários, gestores e membros da sociedade civil façam "o que é muito difícil em Portugal, que é criar uma sociedade civil forte". "É muito difícil porque tudo depende do Estado. Mas é preciso criar uma sociedade civil forte, que não dependa do Estado, do subsídio, da decisão, da mudança de critério do governante, do atraso, do despacho do ministro", destacou.

Marcelo Rebelo de Sousa: “É preciso criar uma sociedade civil forte”
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