A nuvem no fundo do mar
É na profundidade dos oceanos que estão as grandes estradas para as comunicações entre continentes e países. São mais de 400 cabos que permitem a circulação de informação. E é também através deles que Açores e Madeira estão ligados ao continente e às redes internacionais. Só que os principais cabos de ligação aos arquipélagos estão a chegar ao fim de vida.
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É pelas profundezas dos oceanos que passa a maior parte das comunicações em todo o mundo. Mais de 90% - há quem atribua mesmo um percentual de 99% - do tráfego de internet actual é transmitido nos cabos submarinos depositados no fundo do planeta. Aí estão mais de 448 cabos em serviço, esticados por uma área de 1,2 milhões de quilómetros. E aí estão sujeitos até a menos impactos do que aqueles que se encontram em terra. Umas âncoras, uns materiais de pesca, ou ainda - muito raramente apesar das notícias - uns tubarões testam a resistência desses cabos que têm um diâmetro inferior a uma lata de refrigerante. Mas são os fenómenos naturais os principais causadores de perturbações lá em baixo, nas águas profundas dos oceanos. E ocorrem, por norma, nos cabos que estão mais à superfície. A profundidade média é de 4.000 metros, mas há cabos a tantos metros para baixo como o monte Everest se estica acima da linha de água (mais de oito mil metros).
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