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A infância em Portugal

Tirando raras excepções, as crianças vestiam o papel de figurantes nos livros de História. Mas será que se limitaram apenas a assistir aos grandes acontecimentos e mudanças na sociedade portuguesa? Maria João Martins responde com um redondo "não". No livro "A História da Criança em Portugal", a investigadora faz uma viagem pela infância, desde a Idade Média até aos nossos dias.

09 de Janeiro de 2015 às 14:00
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Na gélida madrugada de 28 de Dezembro de 2014, um recém-nascido foi deixado à porta de um colégio de freiras em Setúbal. O pequenino, ainda com o cordão umbilical, estava embrulhado numa manta dentro de um cesto. Foi encontrado por um homem que passou perto do local de bicicleta, quando se dirigia para o trabalho. No Hospital de São Bernardo, onde foi acolhido, o menino foi baptizado de Moisés. Nos dias que correm, abandonar uma criança não é só chocante. É crime. Mas, na Idade Média, esta era uma prática comum, como conta Maria João Martins no livro "A História da Criança em Portugal". A autora, formada em História e jornalista durante 20 anos no Jornal de Letras, diz que a questão dos "expostos", como eram chamados os bebés que eram deixados na roda, a impressionou. E concluiu que a tese de que, nesta altura, a relação dos pais com os filhos era desprendida está errada. Um trabalho de investigação da Santa Casa da Misericórdia sobre este tema mostra, precisamente, o contrário, afirma. A autora confessa que ficou sensibilizada com os testemunhos da época que leu.

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