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A raiz alemã da Reserva Federal

A criação da Reserva Federal norte-americana nasceu da necessidade de criar uma entidade que fosse um recurso de segurança de um sistema caótico e com cíclicas faltas de liquidez. Vindo da Alemanha, Paul Warburg foi o ideólogo da mudança. Por detrás dele estava um dos homens mais importantes do país, John Pierpont Morgan.

02 de Agosto de 2013 às 10:50
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A história da Reserva Federal norte americana, o seu banco central, tem uma origem, uma reunião na ilha de Jekyll. Mas tem também um lado Hyde: uma raiz alemã. Paul Warburg, nascido em Hamburgo no seio de uma conhecida família judaica do sector financeiro, foi desde a sua chegada a Nova Iorque, em 1902, um persuasivo advogado da criação de um banco central nos Estados Unidos. Mais tarde, um dos seus mais importantes governadores (entre 1974 e 1986, sob nomeação de Richard Nixon), Henry Wallich, nasceria em Berlim. Ambos foram determinantes para definir a arquitectura da actuação da Reserva Federal, embora hoje muitos recordem sobretudo a acção de Alan Greenspan. A influência deste universo haveria de ser reforçada pela importância dos economistas austríacos que, fugidos ao nazismo em finais da década de 1930, definiriam a ideologia anti-Estado e monetária que ainda hoje é bastante forte nos EUA e na Grã-Bretanha. Paul Warburg foi, no entanto, o arquitecto da estratégia que John Pierpont Morgan sonhava: desenhou aquilo que seria o futuro sistema bancário americano, que considerava insuficientemente centralizado e incapaz de emitir moeda de acordo com as necessidades reais.

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