A última fronteira
Myanmar surge como a última grande fronteira para a economia de mercado e os EUA começaram a estreitar os laços com os militares birmaneses, algo que já vinha a acontecer desde os anos 90, quando venderam centenas de milhões de dólares de "hardware" ao país.
- Partilhar artigo
- ...
Mas, desde 2011, o poder da junta militar, depois de ter autorizado eleições parciais e de ter posto fim à prisão domiciliária da líder da oposição Aung San Suu Kyi (que viria a receber por fim, em Oslo, o Prémio Nobel da Paz), abriu as janelas do país. Como contrapartida, os países ocidentais levantaram grande parte das sanções económicas, as empresas acorreram ao país, que surge como a última grande fronteira para a economia de mercado (os trabalhadores em Myanmar têm um salário médio mensal de 58 dólares, abaixo dos 353 dólares mensais pagos na maior zona de fábricas do mundo, Guangzhou, na China), e os EUA começaram a estreitar os laços com os militares birmaneses, algo que vinham a desenvolver desde a década de 1990 quando venderam centenas de milhões de dólares de "hardware" a Myanmar. A visita de Hillary Clinton, em final do ano passado, foi a bênção definitiva para o regresso do país à comunidade das nações e para o regresso de empresários desejosos de aproveitar as vastas riquezas do país e os salários baixos.
Mais lidas