As melhores horas para trabalhar
O que começou como um projeto-piloto é hoje o modelo de trabalho de toda a administração pública islandesa. As “better working hours” implicaram uma redução de horário, mas também a eliminação de redundâncias que minavam a eficácia e a produtividade. Um modelo que poderia ser adotado no setor público português, defende a da Comissão para a Igualdade de Género (CIG).
- Partilhar artigo
- ...
Foi em 2014 que, face à necessidade de reduzir o horário de trabalho de 42 horas semanais, a Islândia avançou com um projeto-piloto no município de Reiquiavique, a que deu o nome de "better working hours" (melhores horas para trabalhar). Num processo participado e em constante diálogo com os sindicatos, os vários departamentos da cidade puderam reorganizar o horário de trabalho, adaptando-o às necessidades de cada setor, e eliminando redundâncias que minavam a produtividade e a eficiência dos serviços. Três anos mais tarde, um segundo piloto foi feito em todo setor público. O sucesso de ambas as iniciativas levou à criação de contratos coletivos de trabalho que instituíram as "better working hours" como o modelo seguido por toda a administração pública islandesa.
Mais lidas