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Canções para corações solitários

A sua voz infiltrou o mundo de sonhos da civilização ocidental. O seu legado é uma pauta gigante, uma "jukebox" enorme. Polvilhou de emoções a vida de cidadãos sem nome. O mais poderoso dos seus amigos era John F. Kennedy. Apaixonou-se pelo poder do submundo. Comemoram-se os 100 anos do nascimento de Francis Albert Sinatra.

31 de Julho de 2015 às 14:05
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Em 1969, antes de descerem na Lua, os astronautas da Apollo 12 escutaram a voz gravada de Frank Sinatra. Era o conforto perfeito para a solidão que tanto existia na América urbana como entre as estrelas do céu. Sinatra tornava-se a voz da Terra e do Céu, o símbolo de um mundo imperfeito onde todos tentavam sobreviver por si sós. Este ano, comemoram-se os 100 anos do nascimento de Francis Albert (a 12 de Dezembro de 1915, em Hoboken) e os festejos são intensos em todo o mundo. Começando, claro, pelos EUA. Não é um acaso. Sinatra, com uma carreira recheada a ouro, mostrou mais do que poder. A sua voz infiltrou o mundo de sonhos da civilização ocidental. O seu legado é uma pauta gigante, uma "jukebox" enorme onde cabem algumas das grandes canções da história da música popular norte-americana. O seu poder é ainda esse: polvilhou de emoções a vida de cidadãos sem nome. Quando ia à Casa Branca, para cantar nas cerimónias de John F. Kennedy ou Ronald Reagan, ou quando almoçava com Nancy Reagan, os serviços secretos que o guardavam tinham a percepção perfeita da sua importância. O seu nome de código era Napoleão.

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