Chile Despertó
“Não são 30 pesos, são 30 anos!” Desde o dia 18 de outubro do ano passado que todos os dias a praça da Dignidade se enche de pessoas. Muitos chilenos pedem uma nova Constituição, para substituir a que existe desde a ditadura de Pinochet. Estava agendado um referendo para 26 de abril - que pode não acontecer, com as restrições face à Covid-19
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Dezasseis horas, sexta-feira, Santiago do Chile. Os chilenos despertam a cidade. O táxi percorre as avenidas com o trânsito habitual, acompanhando no horizonte o pequeno recorte de neve que pica o cume das montanhas em seu redor, quando a quinhentos metros do Centro Cultural Gabriela Mistral o motorista faz uma manobra à direita e a avenida Libertador Bernando O’Higgins nos coloca num cenário tenebroso, agora também ele habitual. Carros blindados com canhões de água e gás lacrimogéneo a ser lançado sobre as multidões. Os "carabineros" lançam o terror sobre a população. Contudo, o povo não desiste. Desde o dia 18 de outubro do ano passado que todos os dias a Praça da Dignidade se enche de coragem para exigir um futuro melhor. Naquele dia, milhares de pessoas saíram à rua, o Chile fez História, terá sido a maior manifestação da era democrática. "Não são 30 pesos, são 30 anos".
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