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Memórias do paraíso triste

Os nazis ocupavam Paris e bombardeavam Londres. Lisboa parecia uma cidade livre. "A última fronteira – Lisboa em Tempos de Guerra" está no Torreão Poente do Terreiro do Paço até dia 5 de Dezembro.

16 de Agosto de 2013 às 14:00
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Entre Lisboa e o Estoril, durante os primeiros anos da década de 1940, Portugal parecia um país livre. Receoso da guerra, mas perto do seu epicentro, o país via chegar refugiados sem fim, habituados a uma forma de vida que contrastava com a de uma cidade isolada e pouco cosmopolita. Figuras ilustres, e outras desconhecidas, unidas pela fuga à ocupação nazi e à espera de poder partir para os Estados Unidos, ocupavam as ruas, as praças e os cafés. Antoine de Saint-Exupéry, que passou pelo Estoril em 1940 e que viria a morrer num combate aéreo em 1944, chamaria a Lisboa "o paraíso triste". Nenhuma outra expressão definiria tão bem a capital portuguesa nesses e noutros dias. Muitos outros encontrariam aqui oxigénio, como aconteceu a Jean Renoir ou René Clair, Marc Chagall, Max Ernst ou Peggy Guggenheim. Em 1940, chegava também a Lisboa Nubar Gulbenkian, filho de Calouste Gulbenkian, que na altura colaborava com os serviços secretos britânicos, para se encontrar com uma figura que viria a ser determinante na construção da futura Europa, Jean Monnet. Calouste Gulbenkian, por seu lado, encontraria o advogado Azeredo Perdigão, e ficaria por cá, criando um legado de valor incalculável.

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