Mouraria no centro do furacão extremista
Desde cedo que a fila para o elétrico 28 se enche de gente junto à Capela de Nossa Senhora da Saúde e do Centro Comercial da Mouraria. À espera da viagem percebe-se um leque de várias nacionalidades, etnias, cores, credos e culturas. Enquanto o transporte não chega, há conversas e olhares que se cruzam, tal como no bairro lisboeta no centro das atenções.
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À porta do seu restaurante, enquanto bebia o chá com leite, Malik orgulhava-se de ter oferecido água e sumos aos fiéis que seguiam na procissão católica e aos manifestantes que pelas ruas da Mouraria organizam marchas. Ouviu falar numa manifestação este sábado e garante que teria o mesmo gesto: "Às vezes até damos doces e toda a gente gosta", afirma, num inglês arrastado onde se percebe o sotaque asiático. Vive em Portugal há poucos meses, depois de ter estado na Alemanha e na Grécia, mas foi uma "boa surpresa" porque "os portugueses são muito simpáticos e o clima é muito bom", diz entre sorrisos.
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