O fim da idade cronológica?
Mais do que os anos vividos, é a forma como são percecionados que pesa na qualidade de vida, defendem os especialistas. São cada vez mais as pessoas que ignoram o conceito de meia-idade e mudam de vida e criam novos desafios numa fase em que, hipoteticamente, era suposto abrandarem. Uma mudança que apesar tudo, demora a ser acompanhada pelo resto da sociedade.
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Helena Caracol Araújo tinha 56 anos quando decidiu abandonar o ensino para se dedicar ao shiatsu. Joaquim Pedro já tinha ultrapassado os 40 quando concluiu a licenciatura. Yuri Binev era o mais velho da turma quando, aos 48 anos, se inscreveu no mestrado que o ajudou a transitar para uma nova carreira na análise de dados. Hoje, Helena com 66 anos e Yuri e Joaquim com 52 anos, admitem que não pensaram na idade quando tomaram as decisões que lhes mudaram a vida. O conceito de meia-idade – ou terceira idade, no caso de Helena – é-lhes estranho, quando há ainda tantos projetos a realizar e energia para investir. E não estão sozinhos. Cada vez mais, a idade cronológica parece pesar menos na forma como vivemos e organizamos quotidiano. Mesmo quando há preconceitos que teimem em perseguir quem já ultrapassou as quatro décadas de existência.
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