Os lugares escondidos do Palácio de Mafra
O Palácio Nacional de Mafra é a obra de um rei enriquecido pelo ouro do Brasil que queria ser admirado dentro e fora do Reino. O mais importante monumento do barroco em Portugal está agora inscrito na lista de património mundial da UNESCO. Tem um complexo de carrilhões único, o mais importante núcleo de escultura italiana barroca fora de Itália, uma das mais bonitas bibliotecas do mundo e concertos de seis órgãos que esgotam rapidamente e são procurados por amantes de música de vários continentes. O Negócios foi conhecer os lugares que o público não pode visitar. Andámos, literalmente, nas alturas.
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Mário Pereira segue à nossa frente a passo largo. Na mão leva um molho de chaves que tilintam à medida que caminha. O diretor do Palácio Nacional de Mafra guia-nos para nos mostrar a "casa" que dirige desde 2008. É claramente um homem satisfeito com a distinção internacional que o monumento recebeu. O palácio, mandado construir pelo rei D. João V no século XVIII, foi inscrito a 7 de julho na lista do Património Mundial da UNESCO, na 43.ª sessão do Comité do Património Mundial em Baku, no Azerbaijão. Um selo de qualidade que "traz também muita responsabilidade", diz. O edifício integra um Paço Real, uma Basílica, um Convento e uma Tapada. No ano passado foi visitado por mais de 340 mil pessoas e teve uma receita de bilhética de quase 425 mil euros. Cerca de 45% dos visitantes eram estrangeiros. "Temos cada vez mais nacionalidades", revela.
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