Banco Bom, Banco Mau: Uma criação secundária
Os fortes banqueiros, que construíram a sua imagem através da auto-afirmação, foram responsáveis por uma criação secundária, o "mau", que os transformou em fracos.
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"Do ponto de vista do forte, ‘mau’ é apenas uma criação secundária, enquanto para o fraco ‘mau’ é a criação primeira, o acto fundador da sua moral, a moral dos ressentidos. O forte só procede por afirmação e, mais, por auto-afirmação; o fraco só pode firmar-se negando o que considera ser o seu oposto", escreveu Friedrich Nietzsch em 1887, no livro "Genealogia da Moral". A dicotomia bom/mau tem sido um dos suportes morais do mundo ocidental, pressuposto a partir do qual se avaliam pessoas e instituições. E também uma das razões pelas quais a banca surgia num pedestal, assunto de eleitos, inacessível e complexa de mais para ser julgada pelos fracos.
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