João Galamba: “SIS foi chamado para defender propriedade do Estado”
O computador do ex-assessor de João Galamba, continha "um amplo acervo de documentos classificados", pelo que, tendo o mesmo sido levado para fora do Ministério, justificou que fossem alertadas as autoridades competentes, no caso, a PS e Serviço de Informações de Segurança (SIS), explicou este sábado o ministro das Infraestruturas, detalhando que o aparelho, entretanto recuperado, se encontra à guarda da PJ e não voltou para o Ministério.
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Galamba falava numa conferência de imprensa convocada de urgência para prestar esclarecimentos sobre o caso da exoneração do ex-adjunto Frederico Pinheiro, e na qual garantiu que "não há contradições" e "toda a informação foi prestada".
O caso genhou proporções esta sexta-feira, quando se soube que, depois de ter sido exonerado por João Galamba - por ter "sonegado informação" importante, como referiu o ministro - Frederico Pinheiro voltou ao Ministério para recuperar o seu computador, tendo-se então envolvido num episódio que, frisou Galamba, culminou com uma "bárbara agressão" com "cinco pessoas a refugiarem-se na casa de banho".
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Nessa altura foi chamada a PSP e, posteriormente, também a PJ e o SIS, já que Frederico Pinheiro acabou mesmo por sair do Ministério com o computador, que mais tarde acabaria por devolver, negando as agressões.
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O envolvimento do SIS levantou dúvidas várias - caso de Joaquim Miranda Sarmento, líder parlamentar do PSD - na medida em que esta entidade está na tutela direta do primeiro-ministro.
O "SIS foi chamado para defender propriedade do Estado português", justificou João Galamba, acrescentando que "o objetivo não era este gabinete ter acesso ao computador, mas garantir" que este estava a salvo e as informações nele contidas não se extraviavam.
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"Depois de uma agressão a três mulheres do meu gabinete, foi levado o computador. Nós reportámos ao SIS e à PJ, que são as entidades que tratam da proteção de dados, cibersegurança. Há um computador que é propriedade do Esta português e há uma pessoa que já não é membro do gabinete e que tem um enorme arquivo com documentos que são classificados", descreveu o ministro.
Questionado sobre se António Costa tinha sido previamente informado, Galamba disse ter falado com o secretário de Estado adjunto, António Mendonça Mendes e com a ministra da Justiça, tendo sido considerado que era adequado envolver o SIS. "Eu não estava no ministério quando aconteceu a agressão à minha chefe de gabinete e à minha adjunta. Liguei imediatamente ao senhor primeiro-ministro. O senhor ministro estava, penso que a conduzir, e não atendeu. Liguei ao secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro a quem reportei este facto. Julgo que estava ao lado do secretário de estado, também junto do primeiro-ministro, da Modernização Administrativa", relatou. Ness telefonema, foi-lhe dito que "devia falar com a ministra da Justiça", o que garante ter feito. "Reportei o facto e disseram-me que o meu gabinete devia comunicar estes factos àquelas duas autoridades, coisa que fizemos", explicou, referindo-se ao SIS e à Polícia Judiciária.
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"Eu não estava no ministério quando aconteceu a agressão à minha chefe de gabinete e à minha adjunta. Liguei imediatamente ao senhor primeiro-ministro. O senhor ministro estava, penso que a conduzir, e não atendeu. Liguei ao secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro a quem reportei este facto. Julgo que estava ao lado do secretário de estado, também junto do primeiro-ministro, da Modernização Administrativa", relatou. Ness telefonema, foi-lhe dito que "devia falar com a ministra da Justiça", o que garante ter feito.
"Reportei o facto e disseram-me que o meu gabinete devia comunicar estes factos àquelas duas autoridades, coisa que fizemos", explicou, referindo-se ao SIS e à Polícia Judiciária.
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Frederico Pinheiro, era um dos assessores de João Galamba que acompanhava o dossier TAP, sendo que há um conjunto de documentos que envolve o assunto e que foram "classificados junto do Gabinete Nacional de Segurança".
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Esperteza saloia
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