Confiança dos consumidores renova máximos de 16 anos

A confiança dos consumidores aumentou nos três últimos meses. Mas o indicador de clima económico, que traduz essencialmente as expectativas dos empresários, diminuiu, sobretudo por causa das expectativas na construção, comércio e serviços.
Miguel Baltazar/Negócios
Catarina Almeida Pereira 29 de Novembro de 2016 às 09:53

A confiança dos consumidores retomou uma trajectória de crescimento entre Setembro e Novembro, depois da deterioração verificada nos três meses precedentes e atingindo o valor máximo desde outubro de 2000. 

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"A recuperação do indicador de confiança dos consumidores em Novembro deveu-se ao contributo positivo das perspectivas relativas à evolução do desemprego, das expectativas relativas à situação económica do país e, menos intensamente, das apreciações da evolução da situação financeira do agregado familiar", explica o INE num destaque publicado esta terça-feira, 29 de Novembro.

Mas os últimos meses estão a revelar percepções contraditórias sobre a economia: é que se os consumidores se mostraram mais confiantes entre Setembro e Novembro, a percepção dos empresários evoluiu negativamente, fazendo o indicador de clima económico diminuir.

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"O indicador de confiança da indústria transformadora também aumentou em Outubro e Novembro, após ter estabilizado no mês anterior, verificando-se um contributo positivo de todas as componentes, perspectivas de produção, apreciações sobre a evolução dos stocks de produtos acabados e opiniões sobre a procura global," acrescenta.

Já o indicador de confiança da Construção e Obras Públicas "diminuiu em Novembro, interrompendo a trajectória positiva iniciada em Julho, em resultado da evolução negativa de ambas as componentes, perspectivas de emprego e opiniões sobre a carteira de encomendas".

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O indicador do comércio também caiu nos últimos dois meses, "após ter aumentado desde Abril, reflectindo, em Novembro, o contributo negativo do saldo das opiniões sobre o volume de vendas e das apreciações sobre o volume de stocks".

O mesmo aconteceu nos serviços, devido ao agravamento de todas as componentes, opiniões e perspectivas sobre a evolução da carteira de encomendas e apreciações sobre a actividade da empresa".

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O crescimento do terceiro trimestre do ano surpreendeu pela positiva, ao aumentar 1,6% em termos homólogos. A grande questão está em saber se este nível de crescimento se mantém.

Consumidores mais confiantes em Novembro. Empresários menos
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