Inflação desacelera para 2,3% em outubro. Preço dos alimentos abranda
A taxa de inflação terá desacelerado de 2,4% para 2,3% em outubro, segundo a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgada esta sexta-feira. Este é o segundo mês consecutivo de abrandamento na variação homóloga do índice de preços no consumidor (IPC), com os alimentos a inverterem, pela primeira vez, as acelerações dos últimos meses.
"Tendo por base a informação já apurada, a taxa de variação homóloga do IPC terá diminuído para 2,3% em outubro de 2025, taxa inferior em 0,1 pontos percentuais à observada no mês anterior", lê-se no destaque do INE.
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Esse alívio da inflação terá sido explicado pelo abrandamento observado nos produtos que estão mais sujeitos a fortes variações de preço (alimentos não transformados e energia). O INE dá conta de que o índice referente aos alimentos frescos terá desacelerado de 7% para 6,1% em outubro, sendo este o primeiro mês de abrandamento depois de, em setembro, a variação homóloga deste índice ter estabilizado após sete meses consecutivos de subidas a pique.
Também o índice relativo aos produtos energéticos terá registado, segundo a estimativa rápida do INE, uma nova queda em outubro (-1,2%), voltando a contribuir para uma desaceleração do IPC, já que em em setembro tinha acelerado ligeiramente 0,3%.
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Em sentido contrário, a inflação subjacente, que exclui bens alimentares não transformados (alimentos frescos) e energéticos, terá acelerado uma décima, passando de uma variação homóloga de 2% para 2,1% em outubro. Isso significa que, em outubro, houve uma contágio maior da inflação a produtos cujos preços são mais estáveis, como é o caso da saúde e educação. Ainda assim, essa aceleração não foi suficiente para impedir um alívio no índice total de preços.
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Em comparação com o mês anterior, a variação do IPC terá sido nula, quando em setembro tinha sido de 0,9%. O INE estima ainda uma variação média nos últimos doze meses de 2,4%, um valor idêntico no mês anterior.
Já o índice harmonizado de preços no consumidor (IHPC) português, que permite comparar a evolução de preços com a dos restantes Estados-membros, terá registado uma variação homóloga de 2%, mais uma décima do que no mês precedente. Este indicador, ao contrário do que acontece com o IPC, contabiliza também as despesas de consumo dos cidadãos não residentes (turistas), dando-lhes uma ponderação diferenciada, o que faz com que os valores não sejam coincidentes.
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Os dados definitivos referentes ao IPC de outubro serão publicados no próximo dia 12 de novembro.
(notícia atualizada às 10:06)
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