A economia portuguesa continua a dar sinais de recuperação no arranque do ano, com a actividade económica a acelerar o crescimento e o consumo das famílias a evoluir de forma positiva.

De acordo com os dados publicados na Síntese Económica de Conjuntura do Instituto Nacional de Estatística, o indicador de actividade económica subiu 2,5% em Janeiro face ao mesmo mês do ano passado, o que representa uma aceleração face ao crescimento de 2,2% verificado em Dezembro.

“A informação proveniente dos Indicadores de Curto Prazo (ICP) revelou, em Janeiro, uma diminuição homóloga menos intensa da actividade económica nos serviços e na construção e obras públicas e um ligeiro aumento da produção na indústria”, refere o INE.

Janeiro foi o sexto mês consecutivo de taxas de variação homólogas positivas no indicador da actividade económica, reforçando a tendência de recuperação da economia portuguesa. O PIB registou taxas de crescimento positivas em cadeia nos três últimos trimestres de 2013, apesar de no conjunto do ano ter registado uma contracção de 1,4%.

Quando aos indicadores qualitativos (confiança dos consumidores e empresários), o INE dá conta que o indicador de clima económico “prolongou o perfil ascendente observado desde o início de 2013, fixando o valor mais elevado desde Novembro de 2010”. Estes dados já tinham sido revelados pelo INE e confirmam também a tendência de reforço da confiança dos agentes económicos.

Famílias consomem mais bens duradouros

A recuperação da economia portuguesa foi sustentada por sinais de inversão no consumo das famílias no último trimestre do ano passado, sendo que os dados do INE publicados esta quarta-feira indicam que a tendência terá continuado no arranque de 2014.

O indicador quantitativo para o consumo privado cresceu 2,1% em Janeiro, acima do aumento de 2% verificado em Dezembro, registando o sexto mês consecutivo de variações positivas.

O indicador que mede o consumo corrente subiu 1,3% em Janeiro e o indicador que mede o consumo duradouro subiu 12,7%. Este crescimento nas compras de bens duradouros por parte das famílias portuguesas é visível em vários sectores, sendo o mais evidente a compra de automóveis, que cresceu a taxas superiores a 30% dois primeiros meses do ano.

No que diz respeito a outros segmentos da economia, o INE assinala que o indicador de FBCF (que mede o investimento) “apresentou uma diminuição menos acentuada, devido à evolução no mesmo sentido de todas as componentes”, enquanto as exportações e importações registaram variações homólogas de 5,8% e 4,8% em Janeiro (6,6% e 3,1% no mês anterior), respectivamente.

(notícia actualizada às 11h43 com mais informação)