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Confiança dos consumidores na Zona Euro cai a pique para valor mais baixo em 18 meses

Famílias da Zona Euro ficaram mais pessimistas em abril, com a confiança a cair pelo segundo mês consecutivo para o valor mais baixo desde novembro de 2023.

Kacper Pempel/Reuters
22 de Abril de 2025 às 17:42

O mês de abril, o primeiro depois de anunciado o "dia da libertação", os consumidores da Zona Euro e da União Europeia mostram um forte sentimento de pessimismo. De acordo com os dados divulgados nesta terça-feira pela Comissão Europeia, a confiança das famílias dos países da moeda única caiu a pique face a março para o valor mais baixo desde novembro de 2023.

"Em abril de 2025, a estimativa preliminar da DG ECFIN do indicador de confiança dos consumidores diminuiu pelo segundo mês consecutivo, tanto na UE (menos 2,1 pontos percentuais) como na Zona Euro (menos 2,2 pontos percentuais)", refere a nota da Comissão Europeia. "Com uma pontuação de -16 (UE) e -16,7 pontos (Zona Euro), a confiança dos consumidores afastou-se ainda mais da sua média de longo prazo, atingindo o seu nível mais baixo em 18 meses", acrescenta o comunicado do executivo comunitária.

Esta queda segue-se ao chamado "dia da libertação" anunciado por Donald Trump a 2 de abril, sendo este o primeiro inquérito aos consumidores depois dessa data.

"Embora não haja uma correlação direta entre a confiança do consumidor e o consumo das famílias (sendo a primeira mais volátil), isso não augura bem para o crescimento do consumo", admite Peter Vanden Houte, economista-chefe do ING.

O banco neerlandês lembra que "nas projeções económicas de março do BCE, esperava-se que o crescimento do consumo acelerasse para 1,4% este ano, apoiado por rendimentos reais mais elevados e uma queda na taxa de poupança das famílias dos níveis ainda elevados." Assim, acrescenta "nas circunstâncias atuais, o contrário pode acontecer", ou seja, (...) os consumidores podem aumentar a suas poupanças e adiando compras de valor mais significativo. Portanto, a "recuperação liderada pelo consumo pode começar a perder força rapidamente", conclui Vanden Houte.

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