Bruxelas quer aproveitar "oportunidade do século", Estados-membros marcam passo
Ursula von der Leyen defendeu esta terça-feira que com a "vacinação a ganhar velocidade na Europa", é agora necessário assegurar que as economias, "fortemente atingidas pela pandemia", também possam "recuperar rapidamente".
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Numa comunicação em vídeo, a presidente da Comissão Europeia defende que os países europeus entram agora "na fase crucial da nossa recuperação", pelo que será necessário "investir rapidamente" os 750 mil milhões de euros que serão disponibilizados pelo fundo de recuperação da União Europeia (Próxima Geração UE).
Para a líder do órgão executivo comunitário, esta é a "oportunidade do século para a Europa", que urge aproveitar em nome dos cidadãos europeus mas, "em particular, da geração jovem".
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We have entered a crucial phase for our recovery.
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EU countries are finalising their recovery plans to unlock €750 billion under #NextGenerationEU
We work closely with them to ensure these plans make Europe fit for the future. This is the opportunity of the century for Europe. pic.twitter.com/dNlgms5msQ
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Portugal foi o primeiro país a submeter o seu plano de recuperação e resiliência. E o único a fazê-lo até este momento, confirmou a Comissão Europeia ao Negócios. Esta terça ou quarta-feira, Alemanha e França deverão entregar os respetivos planos, entretanto já revelados numa iniciativa conjunta, enquanto a Grécia deverá também submeter os seus projetos nas próximas horas.
Itália, o maior beneficiário do Próxima Geração UE, deverá entregar o plano até sexta-feira, sendo que, por exemplo, a Roménia acaba de solicitar o adiamento do prazo de entrega (a data limite é o próximo dia 30 de abril).
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Fontes da Comissão Europeia já confirmaram haver margem para derrapagens no envio dos planos nacionais para Bruxelas, até porque o órgão executivo privilegia nesta fase a qualidade dos projetos e não a celeridade com que os mesmos são propostos.
Segundo apurou o Negócios, cerca de metade dos 27 países da UE já irão entregar os planos durante o mês de maio. Uma vez recebidos, a Comissão Europeia dispõe de dois meses para proceder à avaliação, contudo é provável que os prazos sejam encurtados dado que Bruxelas tem mantido conversações com as diferentes capitais de modo a que os planos propostos estejam o mais perto possível da aprovação.
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Uma vez aprovados os planos, os Estados-membros irão receber 13% do financiamento a que têm direito como antecipação para que possam iniciar o quanto antes a reação à crise. A expetativa é que estas primeiras tranches possam ser desbloqueadas em julho.
No entanto, certo é que antes deste dinheiro poder ser disponibilizado será preciso concluir o processo de ratificação pelos 27 do reforço dos recursos próprios necessário a que a Comissão possa emitir os 750 mil milhões de euros de dívida que vão financiar o fundo de retoma. Até ao momento apenas 18 países já concluíram a ratificação.
Esta manhã, durante a apresentação conjunta com Berlim do plano de recuperação francês, o ministro gaulês das Finanças, Bruno Le Maire, lamentou o "tempo perdido" pela UE desde o acordo alcançado no verão passado pelos líderes europeus com vista à criação do inédito fundo de relançamento económico.
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