A Argentina propões aos detentores de títulos de dívida que aceitem receber menos 75% do valor acordado na remuneração dos activos, através da troca por uma de três emissões obrigacionistas, de forma a recuperar a confiança dos investidores no país.

A dívida, em forma de obrigações de tesouro, da Argentina ascende a 95 mil milhões de dólares. Para reduzi-la, o Governo argentino quer substituir os 99 títulos na posse dos credores por três novas emissões obrigacionista, com desconto de 75% no valor do bónus.

A Argentina necessita iniciar negociações com estes credores para restabelecer a confiança dos investidores e ganhar acesso aos mercados internacionais, onde colocou mais dívida do que qualquer outro país nos anos 90.

Cerca de 700 mil investidores detêm títulos de dívida argentina denominadas em oito moedas diferentes.

Os credores não parecem satisfeitos com esta proposta. «É uma proposta inaceitável», disse Mauro Sandri, um jurista italiano, que está a defender um grupo de investidores italianos, citado pela «Bloomberg».

A Argentina planeia contratar um consórcio de bancos para recalendarizar os pagamentos, disse Guillermo Nielsen, Secretário das Finanças argentino no Dubai.