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Dado económico dos Estados Unidos leva investidores a refugiarem-se no ouro

Preço do metal precioso regressa aos ganhos depois do anúncio que a actividade industrial nos Estados Unidos caiu em Julho. O ouro estava a cair desde o início da manhã devido ao acordo alcançado no Congresso norte-americano.

01 de Agosto de 2011 às 16:51

Na maior economia do mundo a actividade industrial caiu de 55,3 pontos, em Junho, para 50,9 pontos em Julho, levando os investidores a refugiarem-se novamente no metal precioso.

Desta forma, o ouro para entrega imediata, negociado na bolsa de Londres, sobe 0,11% para valer 1.629,70 dólares por onça, enquanto os futuros sobre o ouro cotado em Nova Iorque ganham nesta altura 0,08%, estando a matéria-prima a negociar nos 1.629,60 dólares por onça.

O metal precioso chegou a cair esta segunda-feira mais de 1% quer no mercado londrino, quer em Nova Iorque, à medida que se desvaneciam os receios dos investidores em relação à maior economia do mundo.

O anúncio do presidente Barack Obama de um acordo de última hora entre democratas e republicanos relativo ao tecto de endividamento do país acalmou os mercados, e levou à queda dos preços do ouro, uma matéria-prima que serve de refúgio aos investidores em tempos de instabilidade económica e financeira.

“O facto de o ouro ter atingido máximos na sexta-feira, e de ter estado hoje em queda, reflecte o sentimento de que o risco de um ‘default’ nos Estados Unidos diminuiu no fim-de-semana”, afirma Ross Norman, da Sharps Pixley, citado pela Reuters.

Na medida em que o acordo no Congresso norte-americano é alcançado a apenas dois dias do prazo limite, a incerteza quanto ao risco de crédito mantém-se, mantendo-se igualmente o apetite pelo ouro, como investimento de refúgio.

“Este plano é apenas um passo, e os Estados Unidos ainda têm de enfrentar várias questões, por isso isto não é o fim da alta de preços do ouro”, acredita o especialista.

De acordo com a Reuters, apesar da perda de valor do metal precioso neste início de semana, a instabilidade económica e política deverão manter o interesse dos investidores pelo ouro, alimentado também pela tensão relativa à crise da dívida na Zona Euro.

“A corrida ao ouro reflecte o stress actual no sistema financeiro e a manutenção de taxas de juro muito baixas”, explica um analista do Deutsche Bank citado pela Reuters.

O metal precioso, que é assumido como “investimento seguro” em tempos de instabilidade, tem beneficiado, nos últimos anos, das taxas de juro historicamente baixas, o que significa que manter o investimento nesta matéria-prima tem custos reduzidos ou nulos, porque não está sujeito ao pagamento de juros nem dividendos.

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