No país cuja capital dá o nome à mais ambiciosa estratégia europeia de desenvolvimento, investigação e conhecimento, as empresas e as universidades vivem de costas voltadas. Empresários e professores não se entendem, nem parece que o queiram fazer.

O retrato das relações entre as empresas localizadas em Portugal e as universidades nacionais é desolador ou, nas palavras de Aurora Teixeira, "perturbador".

Entre as 1.538 empresas questionadas sobre se estariam interessadas em estabelecer contactos com as universidades, 61,2% respondeu que não tinha intenções de o fazer e 38% disse que só o faria se tal lhe fosse pedido. Apenas 12, ou seja, cerca de 1%, se mostraram "muito interessadas" em estabelecer este contacto.