pixel

Negócios: Cotações, Mercados, Economia, Empresas

Notícias em Destaque

Governo avança com mecanismo para medir custo das novas leis

A medida Simplex “Custa quanto?” será aprovada em breve em Conselho de Ministros, anunciou a ministra da Modernização Administrativa que está esta quarta-feira, 8 de Fevereiro no Parlamento e fez um balanço da actividade do seu gabinete.

maria manuel leitão marques ministra modernização presidência
maria manuel leitão marques ministra modernização presidência Pedro Elias
08 de Fevereiro de 2017 às 12:34

O Governo vai aprovar a criação de um mecanismo para "medir o impacto económico de novas iniciativas legislativas", em especial "nas microempresas" e que permitirá "estimar o impacto para empresas e cidadãos e ainda o impacto na concorrência", anunciou esta quarta-feira, 8 de Fevereiro, no Parlamento a ministra da Presidência e da Modernização Administrativa. Trata-se de uma medida do Simplex 2016, baptizada de "Custa quanto" e será aprovada em breve em Conselho de Ministros, afirmou a governante.

Maria Manuel Leitão Marques (na foto) está durante a manhã na Comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa numa audição regimental acompanhada da secretária de Estado Adjunta e da Modernização Administrativa, Graça Fonseca, e do secretário de Estado da Presidência, Miguel Prata Roque.

A medida "Custa quanto" estava incluída no Simplex 2016, anunciado em Maio do ano passado. Aí se previa que o objectivo passava por "implementar uma metodologia de avaliação de impacto económico dos atos legislativos propostos pelos membros do Governo, focada na variação dos encargos administrativos, garantindo a existência de uma verdadeira barragem regulatória que promova a redução dos encargos administrativos globais e sectoriais".

Miguel Prata Roque trocou por miúdos: A ideia é criar uma unidade técnica na Presidência do Conselho de Ministros (PCM) que "garantirá a avaliação de decretos-lei do Governo que comportem encargos para as empresas". Isso será feito ao longo de 2017 e em Janeiro de 2018 será feita uma "avaliação para depois avançar com medição de outros actos", nomeadamente custos para os cidadãos". A ideia será "munir o decisor político" com o resultado da "medição de encargos" que advirão ou não dos novos diplomas legais que estejam a ser preparados.

Actualmente, disse Miguel Prata Roque, "34 estados membros da OCDE têm já mecanismos deste tipo", alguns com entidades independentes dos próprios Governos e Parlamentos, como acontece no Reino Unido. Por cá, a ideia é ter uma "estrutura institucionalizada" e a PCM tem já a trabalhar dois consultores, um dos quais é "professor de economia especializado na medição do impacto concorrencial" e conta também com uma econometrista.

Maria Manuel Leitão Marques fez também aos deputados um balanço das principais medidas anunciadas nos últimos tempos em matéria de modernização administrativa e desburocratização.

Pelas suas contas, foram já feitos "mais de 5.000 pedidos de Registo Criminal on-line"; emitidos cerca de "14 mil alertas de caducidade de certidões on-line permanentes" e enviados aos cidadãos mais de "700 mil alertas sobre validade do Cartão de Cidadão", o que permitiu "reduzir em 10%  o número de Cartões de Cidadão caducados".

"Nenhuma destas medidas exigiu mudar a lei, ou fazer uma nova", tando sido suficiente "pensar como mudar praticas administrativas e como estas podiam ser modernizadas", salientou a ministra, lembrando, que "governar não é apenas fazer leis ou alterá-las", uma frase recorrente no Governo de António Costa, que anunciou desde o início um "esforço para legislar menos". E o balanço é que, até agora, as novas leis serão já "menos de metade que em outras legislaturas", garantiu a ministra.

Ver comentários
Publicidade
C•Studio