Minuto a minuto da manifestação
Milhares de pessoas saíram hoje às ruas das cidades portuguesas, para protestarem contra a austeridade.
23h30 Pelo menos três pessoas foram detidas hoje em frente à Assembleia da República, em Lisboa, onde estão concentradas milhares de pessoas em protesto contra as medidas de austeridade do Governo, noticia a Lusa. Depois da ação da polícia, cerca das 23:00, os manifestantes começaram a arremessar pedras e vários objetos para as escadarias, onde estão vários agentes policiais.
De acordo com o "site" do Correio da Manhã, um repórter de vídeo daquele jornal, que estava a fazer a cobertura dos protestos, ficou ferido na cabeça pelos objectos lançados por alguns manifestantes. O repórter foi assistido no local, e levado para o hospital para observação.
23H20 O reporter fotográfico do Negócios, Bruno Simão, acompanhou a manifestação em Lisboa. Veja aqui as melhores imagens 21H28
21H20 A Avenida dos Aliados, no Porto, estava hoje à noite cortada em ambos os sentidos por centenas de manifestantes sentados no chão, num protesto pacífico que contou com a compreensão policial, constatou a Lusa no local.
20H50: Centenas de pessoas estão concentradas em frente da Assembleia da República, em Lisboa, gritando palavras de ordem contra deputados e governantes e derrubaram as grades que os separam da escadaria, que foram depois repostas pela polícia. Segundo constatou a agência Lusa no local, às 20H20 centenas de manifestantes ocupavam o largo na base da escadaria do Parlamento, rodeados por um forte dispositivo policial de cerca de dezenas de agentes com cães. Contactado pela agência Lusa, o porta-voz da PSP, Paulo Flor, disse que a polícia “está a averiguar o que se passou” no derrube de grades, mas, recordou, “esta situação já começa a ser recorrente”. Gritando a palavra de ordem “os gatunos estão lá dentro”, os manifestantes apelavam à polícia para deter deputados e governantes. Desconhece-se ainda se esta concentração em São Bento é composta por manifestantes que antes estavam concentrados na Praça de Espanha e se os que aí continuam se juntarão aos que já se encontram em frente ao Parlamento. Porém, o fluxo de gente que está a desembocar no Parlamento já ocupava, perto das 20:30, toda a Rua de São Bento.
20H30 Palavras de ordem na manifestação: "Passos e Cavaco vão ver se chove, não queremos voltar ao Seculo XIX"
20H10 Sem sinais de desmobilização, Marques de Pombal está cheio
20H00 Na Avenida António Augusto de aguiar grita-se não pagamos a dívida dos bancos e do colarinho branco
19H51: Junto ao muro da Gulbenkian, perto da Praça de Espanha, uma criança com menos de 12 anos gritava: a fome, a miséria, o FMI
19H49: Responsável dos bombeiros de Aveiro disse à RTP que o jovem com cerca de 20 anos que se imolou pelo fogo não corre perigo de vida.
19H42: Apelos na rua para os manifestantes que estão na Praça de Espanha seguirem para São Bento, residência oficial do primeiro-ministro
19h41: Na Praça de Espanha ainda se grita: O povo unido jamais será vencido
19H40: Mais números das pessoas que estiveram nas ruas, desta vez avançados pela Lusa: Mil em Portimão, 500 em Évora, entre 3 a 4 mil em Setúbal, 5 mil em Braga.
19H35: Pedro Abrunhosa à RTP: “A rua falou. É preciso que o Governo perceba que perdeu o apoio do País”. Ao primeiro-ministro afirmou que “o País está à sua frente. Olhe para ele”.
19H30 Um homem que participava nos protestos em Aveiro contra as medidas de austeridade imolou-se pelo fogo pelas 18:30 de hoje e entrou no edifício do Governo Civil local, disse fonte policial à Lusa. Pelas 19:10 o homem ainda estava a ser assistido no local por uma equipa do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), segundo a mesma fonte.
19H18:
19H10: RTP, citando os organizadores da manifestação e também a PSP, avança com os primeiros números: 3 mil pessoas em Leiria, 20 mil em Viseu, 100 mil no Porto, 20 mil em Coimbra e mil em Vila Real.
19H07 Em frente à Gulbenkian uma idosa à janela da casa bate numa panela
19H05: Na Praça de Espanha ouve-se "que se lixe a troika, queremos as nossas vidas", que é o mote da manifestação. Lê-se num cartaz: "Cavaco acorda"
19H01: Na Avenida de Berna poucas palavras de ordem, muitos assobios, muitas palmas a caminho da Praça de Espanha
18H50: Situação em frente à sede do FMI acalma-se. Manifestação segue para Praça de Espanha, que já está cheia. Mas dezenas de milhares de pessoas ainda não conseguiram chegar ao destino da manifestação em Lisboa.
18H45: Faltam dois minutos para o autocarro 783 passar pelo Saldanha e chegar ao Marquês. É o que indica o painel da Carris. Mas na estrada só há pessoas, cartazes, carros estacionados. Autocarros, nem por isso.
18H39: De um lado, cães a acompanhar os donos na manifestação. Do outro, cães a guardar a sede do FMI.
18H39: Com uma hora e meia, a cauda da manifestação aproxima-se da Avenida de Berna. Em frente a sede do FMI a tensão é permanente.
18H37: Milhares de pessoas, incluindo muitas crianças, desfilaram hoje no Funchal, naquela que pode ser considerada a maior manifestação popular dos últimos anos, diz a Lusa
18H34: Praça de Espanha já está repleta de manifestantes
18H33: No Porto dizem que nunca se viu uma manifestação assim
18H28: Na Avenida de Berna canta-se: "Passos, o piegas está na rua"
18H26: As redes de telemóveis começam a falhar
18H25: Lê-se num cartaz: "vim sozinho, os meus amigos emigraram"
18h25:
18H20: Garrafas de vidro, tomates, revistas são os objectos atirados à polícia que está em frente à sede do FMI. Um local onde há tensão mas sem confrontos e onde se ouve "fora daqui".
16H18: Directamente da praia. Vêem-se pessoas de chinelos de praia e com areia
18H11:
18H10: Há famílias completas na manifestação, de avós a netos. Também se canta o hino e grita-se Portugal
18h10: Leitora do Negócios dá conta que em Londres estão 200 pessoas a manifestarem-se
18h09: Estudante de higiene oral, numa altura em que se cantava o hino de Portugal na Avenida da República, em frente à sede do FMI: “Choro porque não sei qual sei qual vai ser o meu futuro”
18h05: No Saldanha há milhares de pessoas a andar e outras paradas no passeio a assistir. “Está na hora do Pedro ir embora”, grita-se.
17H50:
17H49 Estão a ser atirados tomates contra a polícia em frente do prédio do FMI
17H48: Cartaz no Saldanha: "Não consigo apertar o cinto e baixar as calças ao mesmo tempo". No mesmo local as pessoas gritam “não pagamos, não pagamos”
17H47: Numa carruagem do metro em Lisboa, apinhada de gente, há uma paragem brusca. Pergunta o maquinista: “Estão apertados?”. Não se preocupem, o Passos trata de vocês”. Uma frase que merece um aplauso geral dos que preenchem as carruagens. 17H41:
17H39: Avenida da República está cheia
17H37: O pai explica à filha: "As pessoas estão a ficar pobres, estão chateadas e a mandar vir com quem nos quer fazer mal"
17H36: Camisolas da Selecção e bandeiras portuguesas marcam presença
17h35: A caminho do campo pequeno grita-se passos e portas para a rua
17H35: Tudo parado na José Fontana, numa altura que há ainda gente ainda a chegar
17H35: "Luta luta pelo trabalho, Passos Coelho vai para o baralho", grita-se na Avenida da República.
17H31:
17H30: Continuam a chegar pessoas à praça José Fontana, em Lisboa, onde o helicóptero da polícia gera o primeiro clamor. Há panelas e colheres de pau nas mãos.
17H29: Manuel Alegre na Tomás Ribeiro, já cheia de gente
17H27: Na estação de metro de picoas os torniquetes estão abertos para facilitar a saída das pessoas
17H26: Já se fazem ouvir buzinas e fazem-se ouvir petardos na praça José Fontana
17H24: Segundo a RTP, a PSP estima que na manifestação em Braga estejam 5 mil pessoas.
17H20:
17h15: O autor do famoso cartaz “Vai estudar relvas” está presente na manifestação em Coimbra. À RTP diz que ficou conhecido pelo senhor do Cartaz amarelo depois de o ter mostrado na Volta à França.
17h02: Os promotores da manifestação “Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas” deram hoje uma conferência de imprensa no Porto para esclarecer que este protesto é espontâneo e não tem por detrás partidos políticos ou centrais sindicais.
17h01: Na praça José Fontana a polícia encosta os autocarros na cauda da principal da coluna de protesto
17h00: A polícia chegou à praça José Fontana, de onde parte a manifestação em Lisboa
16h30: Milhares de pessoas enchem Praça José Fontana. A Praça José Fontana, em Lisboa, de onde sairá a manifestação "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!", convocada pelas redes sociais, estava pelas 16:30 com milhares de pessoas, que se preparavam para sair em direção à Praça de Espanha.
O Negócios está a acompanhar, com vários repórteres na rua, a manifestação convocada para 40 cidades portuguesas.
Em Lisboa a manifestação deverá sair pelas 17:00 em direcção à Praça de Espanha, passando pelo Saldanha, Avenida da República e Avenida de Berna.
O apelo para a manifestação "Que se lixe a troika! Queremos as nossas vidas!" surgiu na Internet, através das redes sociais, e foi inicialmente organizada por algumas pessoas de Lisboa, mas acabou por ser acolhida em várias regiões de Portugal, assim como em Fortaleza (Brasil), Berlim, Barcelona, Bruxelas, Paris e Londres.
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